O consenso geral parece ser o de que sexo casual é uma idéia tipicamente masculina. Mas será que é isso mesmo?
Esse é o tipo do assunto que não tem “certo” e “errado”. Fazer ou não sexo casual é uma questão íntima, particular – e varia de pessoa para pessoa. A gente tende a achar que essa é uma questão mais masculina, que, afinal, tem um mercado de prostituição inteiro aí fora como resposta. Mas por quê? Qual a diferença entre a sexualidade da mulher e a do homem? A questão é biológica, como alguns dizem (“O homem precisa mais de sexo; a mulher, mais de amor”)? “Já fiz sexo casual algumas vezes”, diz a veterinária Patrícia, de 37 anos. “Antes dá um supertesão, uma adrenalina. Você se prepara, veste uma ‘fantasia’ - no meu caso até comprei umas roupas na Augusta [rua de São Paulo onde existem lojas de roupas ‘exóticas’, cuja clientela é, em sua maioria, prostitutas e travestis]. Na hora até foi bom, mas o ‘day after’ é complicado, eu acabo com nojo de mim mesma, fica uma paranóia.” Em geral, as mulheres saem mesmo um tanto arranhadas de transas casuais, segundo Beatriz Mecozzi, psicanalista e autora do livro “O perigo de curar-se”, ed. Via Lettera. “A sexualidade da mulher é complexa, constituída ao longo da vida. Uma transa casual envolve mais questões narcísicas – se a mulher gosta da experiência, pode ser por vários motivos: um simples gostar mesmo, no nível do prazer, a excitação do perigo do desconhecido, uma reação contrafóbica, do tipo que se atira no abismo, depois vê no que dá”, explica Beatriz.Há fases e fasesNão é difícil encontrar mulheres que, embora não tenham exatamente uma vida dedicada ao sexo casual, têm uma fase em que, digamos, ficam adeptas a ele – geralmente após o término de um relacionamento longo. É o caso de Mariana, jornalista de 26 anos. “Eu comecei a transar por transar depois de terminar um noivado que durou cinco anos. É muito melhor assim: faço quando tenho vontade, não tem rotina, não tem cobrança. Eu tenho um amigo que eu chamo de ‘fuck buddy’, a gente é muito amigo mas transa de vez em quando, quando bate a vontade – e quando não quer, não transa, e continua amigo, vai no cinema, conversa sobre outros caras, outras meninas. Ué, se homem pode, por que eu não posso? O desejo é igual pros dois”, conclui Mariana.A grande maioria das mulheres, porém, ainda se sente incomodada com a idéia do sexo casual, da transa com uma pessoa que nunca mais vai ver, com a falta de envolvimento. Uma dessas mulheres é a bancária Sandra, 29 anos. “Eu não gosto. Acho que a mulher tem que ser muito segura pra adotar esse estilo de vida, e pra mim não deu. Não receber o famoso telefonema no dia seguinte pode ser muito pesado.” O outro ladoMas e pro homem, é assim também? Ou é mais fácil? A psicanalista Beatriz responde: “Para o homem, é mais simples. É uma questão cultural também, mas a psicanálise diz que existe, na base, a sexualidade infantil a partir da qual a mulher se subjetivou. E uma transa nunca é só uma transa pra mulher; ela vem sempre cheia de significados.”
“Numa transa, fazer é dizer. Numa transa, muitas coisas são ‘ditas’. O que acontece é que na maioria das vezes a mulher não tem a chave dessa significação, porque pra ela, o tesão sem envolvimento se torna muito mais enigmático do que para o homem”, diz a psicanalista. A bancária concorda, e conclui: “Assumi que gosto mesmo é de flores no café da manhã, e que acredito em príncipe encantado. Assim sou fiel a mim mesma, e fico em paz”.Essa parece ser a conclusão: o autoconhecimento. Ninguém que vai contra o que acredita consegue ser inteiramente feliz. O importante, aqui, é se conhecer e se assumir, e agir segundo seus sentimentos, de modo a não se machucar, a não forçar uma situação estranha à sua individualidade. De resto, como dizia o poeta, tudo vale a pena. Siga seu coração e seja feliz.
de Alessandra Siedschlag e Ana Paula Xavier
Para vc gata garota, refletir...rs
Dar não é fazer amor. Dar é dar. Fazer amor é lindo, é sublime, é encantador, é esplêndido. Mas dar é bom. Dar é aquela coisa que alguém te puxa os cabelos da nuca... Te chama de nomes que eu não escreveria... Não te vira com delicadeza... Não sente vergonha de ritmos animais. Dar é bom. Melhor do que dar, só dar por dar. Dar sem querer casar.... Sem querer apresentar pra mãe... Sem querer dar o primeiro abraço no Ano Novo. Dar porque o cara te esquenta a coluna vertebral... Te amolece o gingado... Te molha o instinto. Dar porque a vida de uma publicitária em começo de carreira é estressante e dar relaxa. Dar porque se você não der para ele hoje, vai dar amanhã, ou depois de amanhã. Tem caras que você vai acabar dando, não tem jeito. Dar sem esperar ouvir promessas, sem esperar o uvir carinhos, sem esperar ouvir futuro. Dar é bom, na hora. Durante um mês. Para as mais desavisadas, talvez anos. Mas dar é dar demais e ficar vazia. Dar é não ganhar. É não ganhar um eu te amo baixinho perdido no meio do escuro. É não ganhar uma mão no ombro quando o caos da cidade parece querer te abduzir. É não ter alguém pra querer casar, para apresentar pra mãe, pra dar primeiro abraço de Ano Novo e pra falar: "Que cê acha amor?". Dar é inevitável, dê mesmo, dê sempre, dê muito. Mas dê mais ainda, muito mais do que qualquer coisa, uma chance ao amor. Esse sim é o maior tesão. Esse sim relaxa, cura o mau humor, ameniza todas as crises e faz você flutuar o suficiente pra nem perceber as catarradas na rua. Se você for chata, suas amigas perdoam. Se você for brava, as suas amigas perdoam. Até se você for magra, as suas amigas perdoam. Experimente ser amada, duvido que te perdoem..
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