
Dirigido por Jean-Pierre Jeunet. Com: Audrey Tautou, Mathieu Kassovitz, Dominique Pinon, Rufus, Urbain Cancelier, Isabelle Nanty e Claire Maurier.
Em certo momento de O Fabuloso Destino de Amélie Poulain, a personagem-título, ansiosa com o atraso de uma pessoa, começa a imaginar os motivos que poderiam ter provocado a demora e só consegue pensar em duas razões: a primeira é incrivelmente simples, mas a segunda é tão criativa que se torna inacreditável. E esta característica, a imaginação exacerbada, é justamente a marca registrada de todo o roteiro, que possui idéias suficientes para mais dez filmes.
Escrita por Guillaume Laurant, a história gira em torno de Amélie Poulain (Tautou), uma jovem solitária que, certo dia, encontra em seu apartamento uma caixinha contendo diversos brinquedos que foi escondida por um garoto que morou ali há várias décadas. Sem ter muitos propósitos na vida, a moça resolve devolver o objeto para seu dono e, sentindo-se recompensada pela reação deste, decide solucionar os problemas de todas as pessoas com quem convive. No entanto, suas estratégias jamais se aproximam do óbvio e, com isso, ela bola planos complicadíssimos que muitas vezes (mas não sempre) funcionam melhor do que uma conversa franca (a maneira que ela encontra para estimular o pai a viajar é uma das melhores coisas do filme).
O que Amélie parece compreender muito bem é que, de modo geral, são os pequenos detalhes que determinam o grau de satisfação com que levamos nossas vidas: prazeres rotineiros ou contratempos triviais quase sempre definem aquilo que costumamos julgar como sendo um 'bom' ou um 'mau' dia. Da mesma forma, são nossas preferências mais sutis que, de um jeito ou de outro, acabam servindo como indícios de nosso caráter – e o filme acerta em cheio ao apresentar alguns de seus personagens através daquilo que eles gostam ou não: uma vizinha de Amélie gosta de ouvir o barulho da tigela de leite batendo no azulejo do chão de sua cozinha; e a heroína adora ver a expressão das pessoas em uma sala de cinema.
Em certo momento de O Fabuloso Destino de Amélie Poulain, a personagem-título, ansiosa com o atraso de uma pessoa, começa a imaginar os motivos que poderiam ter provocado a demora e só consegue pensar em duas razões: a primeira é incrivelmente simples, mas a segunda é tão criativa que se torna inacreditável. E esta característica, a imaginação exacerbada, é justamente a marca registrada de todo o roteiro, que possui idéias suficientes para mais dez filmes.
Escrita por Guillaume Laurant, a história gira em torno de Amélie Poulain (Tautou), uma jovem solitária que, certo dia, encontra em seu apartamento uma caixinha contendo diversos brinquedos que foi escondida por um garoto que morou ali há várias décadas. Sem ter muitos propósitos na vida, a moça resolve devolver o objeto para seu dono e, sentindo-se recompensada pela reação deste, decide solucionar os problemas de todas as pessoas com quem convive. No entanto, suas estratégias jamais se aproximam do óbvio e, com isso, ela bola planos complicadíssimos que muitas vezes (mas não sempre) funcionam melhor do que uma conversa franca (a maneira que ela encontra para estimular o pai a viajar é uma das melhores coisas do filme).
O que Amélie parece compreender muito bem é que, de modo geral, são os pequenos detalhes que determinam o grau de satisfação com que levamos nossas vidas: prazeres rotineiros ou contratempos triviais quase sempre definem aquilo que costumamos julgar como sendo um 'bom' ou um 'mau' dia. Da mesma forma, são nossas preferências mais sutis que, de um jeito ou de outro, acabam servindo como indícios de nosso caráter – e o filme acerta em cheio ao apresentar alguns de seus personagens através daquilo que eles gostam ou não: uma vizinha de Amélie gosta de ouvir o barulho da tigela de leite batendo no azulejo do chão de sua cozinha; e a heroína adora ver a expressão das pessoas em uma sala de cinema.
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